"Reaja à violência racial: beije sua preta em praça pública."
Em 1991, essa frase, título do poema de Lande Onawale, foi capa do jornal do Movimento Negro Unificado (MNU), veiculando a campanha que estimulava a que casais negros se beijassem em reação à agressividade social, e principlamente policial, diante mobilizações anti- racistas.
Atualmente, em tempos de alta exploração midiática do povo negro, em que a maior parte do conteúdo vinculado faz com que miscigenação pareça lei ou que o amor entre negros seja sempre muito complicado ou sentimentalmente pouco expressivo, além de sexualizar negros, sugerindo apenas casualidade à qualquer relação afetiva em que estejam envolvidos, a idéia de que um beijo em praça pública seja arma para o combate é muito pertinente e causa reflexão. Segundo Lande, o poema não foi concebido como ato de resistência, mas tornou-se diante de uma sociedade que "diz a todo tempo que não somos capazes ou merecedores desse amor mútuo- de nenhum amor, na verdade" e aponta que a baixa- estima e os complexos no campo da afetividade conseguem um dos efeitos mais aterradores do racismo: afasta homens negros de mulheres negras e vice-versa (ceert).
Resistam e amem-se!
Sejam carinhosos.
Respeitem seu amor!
Mesmo em relacionamentos interraciais: beijem seu/sua preto (a) em praça pública.
Um lindo dia dos namorados à todos!!!
~Luana
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